Governo da Bahia: Fórum Bahia Copa 2014 (Hélio Viana – Palestrante)

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Governo da Bahia: Fórum Bahia Copa 2014 (Palestrante)

“Responsável pelo HBBank – Hélio Viana de Freitas, foi Secretário Executivo do Ministério dos Esportes, 1995-1998. Autor da LEI PELÉ, que extinguiu o passe , permitiu a criação de Ligas…”

Leia mais: http://www.forumcopabahia2014.ba.gov.br/

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Jornal de Brasília – O Valor da Copa do Mundo (Hélio Viana)

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Jornal de Brasília – 19 de Abril de 2012

O Valor da Copa do Mundo

Hélio Viana
Executivo do mercado financeiro 

Quando o Brasil sediou sua primeira Copa do Mundo em 1950, o desenvolvimento do país dava os primeiros passos. Contando com 50 milhões de habitantes, vivíamos, à semelhança de hoje, uma época de prosperidade, testemunhando um crescimento de 8% ao ano e a expansão do parque industrial brasileiro. Getúlio Vargas era reconduzido à Presidência e o País parava para assistir à dramática partida entre Brasil e Uruguai, pela final da Copa, no que foi considerada a “maior tragédia do esporte nacional”.

O estádio do Maracanã, “o maior do mundo”, então, foi construído em apenas três anos e inaugurado a uma semana do primeiro jogo. Ainda assim, foi o único legado deixado pela Copa ao País, que não conseguiu tratar de seus problemas de insuficiência de energia e precariedade de transporte. Passados 64 anos, o Brasil sediará, em 2014, sua segunda Copa do Mundo e, dois anos depois, os Jogos Olímpicos, uma excelente oportunidade de desenvolvi¬mento, além de um grande privilégio para os brasileiros.

No mundo globalizado atual, o esporte tem uma grande penetração em nossa sociedade, impactando todos os elos da cadeia econômica, da construção civil aos alimentos e bebidas, do vestuário à industria da informática. A realização destes dois eventos internacionais, com suas oportunidades de negócios inerentes, não deve se limitar, portanto, ao cum¬primento das metas elaboradas pelas entidades organi¬zadoras. O governo precisa saber aproveitar este momento, montando estratégias para maximizar seus benefícios.

De acordo com estudo da Fundação Getúlio Vargas, serão injetados R$ 142 bilhões na economia até a Copa de2014 e mais P550 bilhões até os Jogos Olímpicos de 2016. A previsão é que também sejam gerados 3,5 milhões de empregos, no que pode se tomar o momento de maior inclusão social da história do País. Para isso, porém, será necessária a disposição do governo para a qualificação de nossa mão de obra, ajudando a transformar em definitivos, muitos dos empregos temporários que surgirão.

Após a Copa da Alemanha, em 2, o aumento da receita dos clubes locais foi de 33%, mesmo com a crise de 2008. Na França, por outro lado, o estádio de Saint Dennys, planejado e construído para a Copa de 1998 sem o envolvimento do Paris Saint Germain, encontra-se hoje uti¬lizado para shows eventuais e corridas de cachorros. Na África do Sul, as equipes de Rrugby alegam falta de estrutura nos estádios e o críquete também não os utiliza porque o tamanho do gramado é inferior ao necessário. Como não houve um planejamento para desenvolvimento do futebol, não tão cedo os estádios lotarão para assistir a uma partida. Viraram, assim, uma manada de elefantes brancos. A inflação chegou a 5% e o desemprego a 25% no pós-copa.

Apesar de termos nos tornado recentemente a sexta economia do mundo, ainda estamos em 19º lugar entre os países do G-20 em níveis de desigualdade, o que evidencia o tamanho dos desafios que temos pela frente. É preciso que todo o investimento realizado em função dos eventos esportivos que acontecerão no Brasil nos próximos anos seja revertido em prol do bem-estar da população, para além desse período. É fundamental que, tanto o capital físico, como o capital humano gerado, transforme-se em capital fixo e sirva de legado a ser usufruído pelas próximas gerações. Afinal, o potencial de transformar e evoluir encontra-se na essência da atividade esportiva, e, não sendo assim, qual a necessidade e tamanho esforço para realizá-los?

Texto Hélio Viana

Jornal de Brasília

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Lance Net: World Sports & Business – Evento vai reunir negócios de Copa e Olimpíada

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Lance Net: Evento vai reunir negócios de Copa e Olimpíada (07/11/2011)

Os negócios proporcionados na preparação da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016 serão o foco do World Sports & Business, evento que será realizado no Rio de Janeiro em setembro do próximo ano…

“A Copa e Olimpíada serão oportunidades para uma cadeia enorme de negócios, não só para as empresas do meio exportivo” – disse Hélio Viana, diretor-executivo do evento.

Leia mais: http://www.lancenet.com.br/rio2016/Evento-reunir-negocios-Copa-Olimpiada_0_586741425.html

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Veja on line: Especialistas apontam falhas no ‘futebol-negócio’ brasileiro

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Veja on line: Especialistas apontam falhas no ‘futebol-negócio’ brasileiro (08/11/2011)

Há um consenso entre os especialistas do futebol brasileiro: se o país não despertar logo, muito dos R$ 142 bilhões que serão injetados pela Copa do Mundo serão levados embora por empreendedores estrangeiros quando o evento se encerrar no país…

“Estamos vivendo um momento especial que é a vinda da Copa do Mundo para o Brasil” disse Hélio Viana.

Leia mais: http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/especialistas-apontam-falhas-no-futebol-negocio-brasileiro

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Artigo Hélio Viana – O GLOBO

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Artigo do Hélio Viana publicado no O Globo – 09 de fevereiro de 2012

O valor da Copa e dos Jogos

Quando o Brasil sediou sua primeira Copa do Mundo, em 1950, o desenvolvimento do país dava os primeiros passos. Contando com 50 milhões de habitantes, vivíamos, à semelhança de hoje, uma época de prosperidade, com um crescimento de 8% ao ano e a expansão do parque industrial.

Naquele ano, entrava em operação o primeiro canal de TV brasileiro, a Tupi, e tinha início a construção da maior obra de engenharia brasileira até então, o complexo hidrelétrico de Paulo Afonso. Getúlio Vargas era reconduzido à Presidência e o país parava para assistir Brasil e Uruguai, pela final da Copa, no que foi considerada a ‘maior tragédia do esporte nacional.

O estádio do Maracanã, “o maior do mundo’, então, foi construído em apenas três anos e inaugurado a uma semana do primeiro jogo. Ainda assim, foi o único legado concreto deixado pela Copa ao país, que não conseguiu tratar de seus problemas de insuficiência de energia e precariedade de transporte.

Passados 64 anos, o Brasil sediará, em 2014, sua segunda Copa do Mundo e, dois anos depois, os Jogos Olímpicos, uma excelente oportunidade de desenvolvimento, além de um grande privilégio para os brasileiros.

No mundo atual, o esporte tem uma grande penetração em nossa sociedade, impactando todos os elos da cadeia econômica, da construção civil aos alimentos e bebidas, do vestuário à industria da informática. A realização destes dois eventos internacionais, com suas oportunidades de negócios inerentes, não deve se limitar, portanto, ao cumprimento das metas elaboradas pelas entidades organizadoras. O governo precisa saber aproveitar este momento, montando estratégias para maximizar seus benefícios e promover uma necessária transformação social.

De acordo com estudo da Fundação Getúlio Vargas, serão injetados RS 142 bilhões na economia até a Copa de 2014 e mais R$ 50 bilhões até os Jogos Olímpicos de 2016. A previsão é que também sejam gerados 3,5 milhões de empregos, no que pode se tornar o momento de maior inclusão social da história do país, desde que o governo se disponha a qualificar nossa mão de obra, ajudando a transformar em definitivos muitos dos empregos temporários que surgirão.

Nossas pequenas e médias empresas também precisam ser capacitadas para identificar e trabalhar as oportunidades de negócios que se apresentam, evitando que sejam aproveitadas somente pelas empresas estrangeiras que, por sua expertise, chegam em ocasiões como esta, agregadas à cauda do cometa dos jogos, levando todo o capital para fora do país.

Os clubes esportivos, futuros gestores das arenas multiuso e centros esportivos em construção, não estão sendo ouvidos. A Copa da Alemanha aumentou a receita das equipes locais em 33%, mesmo com a crise de 2008. Na França, por outro lado, o estádio de Saint Dennys, construído sem o desenvolvimento do Paris Saint Germain, encontra-se hoje utilizado somente para shows eventuais e corridas de cachorros. Na África do Sul, as equipes de rugby e críquete não utilizam os estádios porque o tamanho do gramado é inferior ao necessário ou não tem estrutura adequada. Como não houve um planejamento para desenvolvimento do futebol, tão cedo os estádios não terão torcedores. Viraram, assim, uma manada de elefantes brancos, num país aonde a Inflação chegou a 5% e o desemprego a 2.5% no pós-copa.

Apesar de termos nos tornado a sexta economia do mundo, ainda estamos em décimo nono lugar entre os países do G-20 em níveis de desigualdade, o que evidencia o tamanho dos desafios que temos pela frente. É preciso que todo o investimento realizado no país em função dos eventos esportivos seja revertido em prol do bem-estar da população, para além desse período. E fundamental que tanto o capital físico como o capital humano gerado transformem-se em capital fixo e sirvam de legado a ser usufruído pelas próximas gerações. Afinal, o potencial de transformar e evoluir encontra-se na essência da atividade esportiva, e os jogos no Brasil devem ser aproveitados em toda sua plenitude.

HÉLIO VIANA é empresário.       E-mail: helio-viana@hbusinessbank.com.br

Artigo Helio Viana- O GLOBO

links:

http://www.creci-rj.gov.br/site/noticias_materia.php?codigo===gTEVUNZ5mS2llM5AHO31TP

http://www.ademi.org.br/article.php3?id_article=46748&recalcul=oui

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